Blogs: relacionando o ensino de Ciências naturais com as situações reais da comunidade |
Catiane Mazzoco Paniz e Vanessa dos Santos Nogueira |
publicado em 01/11/2008 |
O blog é O A
É importante que os educadores estejam inseridos no seu contexto de trabalho e que consigam relacionar os conteúdos de ciências com a realidade na qual seus alunos vivem, pois desta forma, eles poderão ter voz ativa no processo de aprendizagem, pois terão, com certeza muitas coisa para falar. Outro fator importante é que os professores percebam que a utilização de vários recursos de ensino podem tornar suas aulas mais interessantes, participativa e conseqüentemente mais proveitosa pelos alunos, deixando assim, os conteúdos de ciências mais significativos.
RESULTADOS Nas aulas de ciências a utilização do blog favoreceu discussões sobre a situação ambiental no mundo, do estado e principalmente sobre a comunidade em que os educandos vivem. Além disso, a utilização do blog possibilitou a integração dos educandos entre si, bem como entre os educandos e a professores e também a reflexão e utilização de outras formas de ensino pela professora. A utilização de alternativas, juntamente com uma formação continuada pode tornar as aulas mais interessantes e instigantes para os alunos, fazendo assim, que estes permaneçam na escola. Pode possibilitar ainda aos alunos tornarem-se pessoas mais críticas em relação aos acontecimentos do seu cotidiano, Também possibilitou aos alunos saírem do ambiente da sala de aula, o que para eles sempre foi motivo de alegria.
OI! Nós gostamos muito das atividades do laboratório de ciências, mas preferimos a atividade que fizemos do QUEIJO e do IORGUTE. Bom o que aprendemos com esse projeto foi ótimo para todos nós. O que mais gostamos de aprender foi a experiência dos fungos(Balão,fermento...). Uma das nossa sugestões para o próximo semestre é que tenhamos mais aulas praticas.
Nós curtimos muito criar a paródia, mais precisamente fizemos sobre as bactérias, para falar com argumentos, gostamos porque tivemos que nos aprofundar melhor nos conteúdos do nosso tema(bactérias), nós tínhamos que resumir o conteúdo fazendo com que as palavras tivessem sentido e que rimassem uma com as outras. Com isso o conteúdo mal entendido foi esclarecido.
Percebemos que a cada atividade que realizamos utilizando os blogs como uma fonte de interação entre alunos, professores e conteúdo eles se tornam mais críticos e autônomos, expressando seu pensamento com a consciência que sua participação será para enriquecer o trabalho do grupo.
CONCLUSÃO Conceber o ensino de ciências com outras características exige repensar os conteúdos que hoje são ensinados nas escolas, estabelecer novas relações, definir critérios para, selecionar, para fazer opções que o tornem significativo; exige, especialmente que o professor tenha clareza de que esta capacitando o aluno para um viver mais completo. Os saberes para ensinar, são aqueles que os professores constroem no processo de desenvolvimento pessoal e profissional, duram a vida toda e são mobilizados no seu cotidiano, quando estão às voltas com o ato de ensinar, criando estratégias de ação diferenciadas, construindo assim, a crítica no educando para que ele se perceba como um indivíduo questionador. Ensinar, tendo presente que os alunos já pensaram sobre o tema, ou sobe algo relacionado a ele, passa ser uma tarefa muito mais dinâmica e original do que aquela do professor enciclopédia. Segundo André Giordan (1996) as investigações em Didática das Ciências têm introduzido mudanças nas idéias existentes sobre o papel de quem aprende e nas definições de saber. Em geral, esses estudos lidam com a noção de um aluno ator, que constrói no curso de sua história social, seu saber. Este saber vai sendo construído a partir de interações que podem ser confrontos, integrações – entre as representações pessoais e informações obtidas nos diferentes contextos que vive (familiares, escolares...)
Portanto, uma perspectiva para a formação do professor é a formação-ação proposta: É preciso trabalhar no sentido diversificado dos modelos e das práticas de formação, instituindo novas relações dos professores com o saber pedagógico e cientifico. A formação passa pela experimentação, pela inovação, pelo ensaio de novos modos de trabalho pedagógico. E por uma reflexão crítica sobre a sua utilização. A formação passa por processos de investigação, diretamente articulados com as práticas educativas (1992, p.28)
Na perspectiva transformadora de uso das TIC’s na educação, o professor é desafiado a assumir uma postura de aprendiz ativo, crítico e criativo, constante pesquisador sobre o aluno, seu nível de desenvolvimento cognitivo, emocional e afetivo, sua forma de linguagem, expectativas e necessidades, seu contexto e cultura.
Capra (1996) afirma há a necessidade de uma mudança radical em nossas percepções, no nosso pensamento e nos nossos valores. Porém, ainda não há há o reconhecimento da necessidade dessa mudança por parte dos líderes das corporações, nem dos administradores e professores universitário. Ele prega a mudança da visão de mundo mecanicista de Descartes e de Newton para uma visão holística, ecológica, sustentando que as únicas soluções viáveis, do ponto de vista sistêmico, são as sustentáveis, ou seja, aquelas que propõem soluções aso problemas sem inviabilizar as perspectivas das gerações futuras. O mundo, assim seria uma rede de fenômenos interconectados e interligados, e não uma coleção de objetos isolados. Parece evidente, então, como nos diz (Bruschi), que o olhar dos educadores tem de ultrapassar a “arvore’ que esta a sua frente para que possa atingir a visão mais totalizante da “floresta”.
Cabe, desta forma, ao professor assumir o papel de protagonista da sua própria formação devendo refletir sobre sua própria prática para superar os obstáculos e aperfeiçoar o processo de ensino – aprendizagem, possibilitando assim um ensino mais reflexivo e autônomo.
REFERÊNCIAS[1] BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei nº 9394, 20 de dezembro de 12996. [2] BRASIL. Ministérios da educação e do Desporto. Parâmetros Curriculares Nacionais: Ciências Naturais. Brasília; MEC, 1998. [3] BRUSCHI, Odir. Ensino de Ciências e qualidade de vida: inquietações de um professor. Passo Fundo: UPF, 2002. [4] CAPRA, Fritjof. A Teia da Vida. Ed. Cultrix: São Paulo-SP, 1996. DESCOBRINDO E COMPARTILHANDO, Mundo Científico: Conhecendo os seres vivos. Disponível em: [5] FAZENDA, Ivani C. Interdisciplinaridade: história, teoria e pesquisa. São Paulo: Papirus, 1994. [6] FERREIRA, Maria Beatriz. A lei 9394/96 e o contexto da formação do alfabetizador. In: RIBAS, Marina Holzmann (org.). Formação de Professores: escolas, práticas e saberes. Ponta Grossa: Ed. UEPG, 2005. [8] LÉVI, Pierre. A inteligência coletiva. São Paulo: Loyola, 1998. [9] _____.As tecnologias da inteligência. O futuro do pensamento na era da informática, São Paulo, 1993. [10] NEGROPONTE, Nicholas. A Vida Digital. São Paulo. São Paulo. Cia das Letras, 1995. [11] VALENTE, José Armando. O Computador na Sociedade do Conhecimento. Campinas: UNICAMP/NIED, 1999. _________. O uso inteligente do computador na educação. Disponível em: [12] VIEIRA, Martha Barcellos & LUCIANO, Naura Andrade. Construção e Reconstrução de um Ambiente de Aprendizagem para Educação à Distância. Disponível e [13] KRASILCHIK, M. O professor e o currículo das ciências. São Paulo: EPU/EDUSP, 1987. [14] WORTMANN, M. L. Currículo e Ciências: as especificidades pedagógicas do ensino de ciências. In: COSTA, M. V. (org). O currículo nos limiares do contemporâneo. 3. ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2003. FONTE: http://www.partes.com.br/educacao/blogs.asp |
Nenhum comentário:
Postar um comentário